
Unhas pintadas carregam pequenos rituais: o cuidado com as mãos, o tempo para si, a pausa que transforma rotina em carinho próprio. Mas tão importante quanto a cor que escolhemos é o que aplicamos sobre nossas unhas — e sobre a pele que as cerca.
O esmalte é um cosmético que fica em contato direto com o corpo por dias e, durante a aplicação, libera substâncias que podem ser inaladas. Por isso, entender a composição deixou de ser apenas uma curiosidade e se tornou uma escolha de saúde, consciência e cuidado.
Os esmaltes estão entre os produtos que mais provocam reações cutâneas. Fórmulas convencionais podem conter solventes, plastificantes e conservantes associados a alergias, irritações e sensibilização ao longo do tempo. A boa notícia é que o mercado evoluiu — e hoje já existem fórmulas modernas, mais seguras e com boa performance.
O que significa esmalte “Free”?
Nos rótulos, você encontrará termos como 3-Free, 5-Free, 7-Free, 9-Free, 10-Free... Eles indicam a exclusão de ingredientes potencialmente nocivos. Quanto maior o número, mais segura tende a ser a fórmula.
Mas um ponto importante: o termo não é regulamentado oficialmente. Cada marca pode definir sua lista interna. Por isso, o mais importante é saber quais ingredientes foram realmente retirados — e como foram substituídos.
Comece pelo básico: o trio que vale evitar 🎯
Se você está iniciando sua transição para esmaltes mais limpos, priorize fórmulas que não contenham este trio clássico de ingredientes:
Tolueno: Pode aparecer no rótulo como Methylbenzene, Phenylmethane, Toluol ou Toluene.
→ Trata-se de um solvente utilizado para melhorar a espalhabilidade e garantir acabamento uniforme, porém sua exposição contínua está associada a tontura, náusea, irritação respiratória e potenciais efeitos neurológicos.
Formaldeído e derivados liberadores de formaldeído: No rótulo, eles podem surgir como Formaldehyde, Formalin, Methanal, Methylene glycol, Methylene oxide, Oxymethylene, Quaternium-15, DMDM Hydantoin, Imidazolidinyl Urea, Diazolidinyl Urea, Bronopol (2-Bromo-2-Nitropropane-1,3-Diol) e Sodium Hydroxymethylglycinate.
→ Esses ingredientes atuam como conservantes e agentes endurecedores para aumentar a durabilidade e o brilho do esmalte, mas podem causar irritação nos olhos, nariz e garganta, além de desencadear reações alérgicas na pele — especialmente em pessoas sensíveis.
Dibutil ftalato (DBP) e ftalatos relacionados: Podem aparecer como Di-n-butyl phthalate, n-Dibutyl phthalate, Butyl phthalate, Diethyl phthalate (DEP), Dimethyl phthalate (DMP), Di(2-ethylhexyl) phthalate (DEHP) e 1,2-Benzenedicarboxylic acid, dibutyl ester. → Esses plastificantes ajudam a evitar lascas e manter a flexibilidade do filme do esmalte, porém são estudados como disruptores endócrinos, com possíveis impactos hormonais e reprodutivos.
Remover apenas esse trio já representa um avanço importante na sua rotina de cuidado com as unhas — e abre caminho para escolhas ainda mais seguras e conscientes.
Para ir além: esmaltes 7-Free (ou superiores) ✨
Fórmulas mais limpas também evitam:
Resina de Formaldeído
Como aparece no rótulo: Formaldehyde Resin
→ Agente formador de filme que melhora aderência e brilho, porém libera formaldeído gradualmente, oferecendo riscos semelhantes ao formaldeído puro.
Cânfora
Como aparece no rótulo: Camphor, Camphora
→ Plastificante que dá flexibilidade e cobertura uniforme. Em excesso, pode causar náusea, tontura, dor de cabeça e irritação ao ser inalada.
Xileno
Como aparece no rótulo: Xylene, Dimethylbenzene
→ Solvente que melhora fluidez e tempo de secagem. Associado a tontura, dor de cabeça e irritação quando inalado, com possíveis efeitos neurológicos.
Parabenos
Como aparece no rótulo: Methylparaben, Propylparaben, Butylparaben
→ Conservantes eficazes, mas avaliados por possível ação como disruptores endócrinos.
TPHP (Fosfato de Trifenila)
Como aparece no rótulo: Triphenyl Phosphate
→ Plastificante alternativo ao DBP, investigado por possível ação hormonal e aumento de biomarcadores no organismo após o uso.
O resultado: alta performance com respeito ao corpo — e à sua respiração.
Petrolatos nos esmaltes: por que prestar atenção ⚠️
Quando falamos de ingredientes que merecem cautela nos esmaltes, não podemos olhar apenas para solventes e conservantes clássicos. Um grupo que costuma passar despercebido — mas que está presente em muitas bases, top coats e tratamentos fortalecedores — são os derivados do petróleo, chamados popularmente de petrolatos.
Óleo Mineral
- Como aparece no rótulo: Mineral Oil, Paraffinum Liquidum
- Origem: derivado direto da destilação do petróleo
- Função: condiciona e dá brilho
- Motivo de cautela: oclusivo, pouco biodegradável
- Alternativas: óleos vegetais (jojoba, argan, ricínio)
Parafina
- Como aparece no rótulo: Paraffin, Paraffin Wax
- Origem: subproduto do petróleo
- Função: espessante e promotor de textura
- Motivo de cautela: não renovável, oclusivo
- Alternativas: cera de carnaúba, cera de candelila e cera de abelha (não-vegana)
Cera Microcristalina
- Como aparece no rótulo: Microcrystalline Wax, Cera Microcristallina
- Origem: refinamento do petróleo
- Função: consistência e brilho
- Alternativas: ceras vegetais (carnaúba, candelila, soja)
Ozokerite / Ceresin
- Como aparece no rótulo: Ozokerite, Ozocerite, Mineral Wax, Ceresin, Ceresina, Cera Microcristallina Alba, Ceresine Wax
- Origem: cera mineral fóssil próxima a depósitos de petróleo
- Função: espessante e estabilizador
- Motivo de cautela: origem fóssil, não renovável
- Alternativas: cera de carnaúba, cera de candelila, cera de arroz
Esses ingredientes são usados para dar corpo à fórmula, aumentar o brilho e criar um filme protetor sobre a superfície da unha. Eles não estão “proibidos” e, em muitos casos, aparecem por serem estáveis, baratos e fáceis de trabalhar na indústria cosmética.
Mas há motivos para preferir alternativas mais naturais e sofisticadas quando o assunto é cuidado:
- São oclusivos, formando uma barreira que pode dificultar a respiração natural da unha e favorecer o enfraquecimento a longo prazo
- Não são biodegradáveis, impactando o meio ambiente
- Vêm de fontes não renováveis
- Muitas vezes são escolhidos apenas pelo custo, e não por benefício real
E este é o ponto central da beleza limpa: questionar não apenas o que funciona, mas o que faz sentido para o corpo e para o planeta.
Hoje, temos alternativas superiores do ponto de vista sensorial, funcional e ecológico, como:
- Óleo de jojoba, argan ou ricínio
- Manteigas e ceras vegetais (carnaúba, candelila)
- Ingredientes botânicos que nutrem ao invés de apenas revestirem
Esses ativos oferecem brilho, proteção e tratamento com afinidade natural com o organismo — e são renováveis e biodegradáveis.
Não se trata de medo. Trata-se de consciência, responsabilidade e evolução na forma como cuidamos de nós mesmas — inclusive das unhas.
Ingredientes de origem animal nos esmaltes: o que observar 🌱
Mesmo fórmulas limpas podem incluir ingredientes derivados de animais. Para quem busca opções veganas, é importante saber identificá-los no rótulo e conhecer alternativas vegetais equivalentes.
Guanina (efeito pérola/iridescente)
- Como aparece no rótulo: Guanine
- Origem: extraída de escamas de peixe
- Função: cria efeito perolado, iridescente e brilho metálico
- Alternativas veganas: mica sintética, óxido de bismuto, pigmentos minerais
Carmim / Ácido Carmínico (pigmento vermelho/rosa)
- Como aparece no rótulo: Carmine, CI 75470, Cochineal, Natural Red 4
- Origem: extraído de insetos cochonilhas
- Função: pigmento vermelho/rosa intenso e duradouro
- Alternativas veganas: óxidos de ferro, pigmentos sintéticos seguros, corantes vegetais
Lanolina (emoliente e condicionante)
- Como aparece no rótulo: Lanolin, Wool Wax, Wool Grease
- Origem: cera extraída da lã de ovelha
- Função: hidrata e condiciona cutículas e o leito ungueal
- Alternativas veganas: óleos vegetais (jojoba, oliva), manteiga de karité, cera de carnaúba
Queratina (fortalecedor)
- Como aparece no rótulo: Keratin, Hydrolyzed Keratin
- Origem: proveniente de chifres, cascos, penas ou cabelo animal
- Função: fortalece e protege a unha
- Alternativas veganas: proteína de trigo, proteína de soja, biotina vegetal
Colágeno (tratamento fortalecedor)
- Como aparece no rótulo: Collagen, Hydrolyzed Collagen, Marine Collagen
- Origem: extraído de pele, ossos ou cartilagem bovina ou de peixe
- Função: fortalece e nutre as unhas
- Alternativas veganas: ácido hialurônico vegetal, peptídeos vegetais
E quanto à performance?
É comum pensar que fórmulas limpas descascam ou duram menos — mas essa era outra época da indústria. A tecnologia evoluiu, os pigmentos estão mais estáveis, os solventes mais inteligentes e as resinas verdes mais eficientes.
Hoje, esmaltes livres de substâncias controversas oferecem:
✨ brilho intenso
✨ cobertura uniforme
✨ durabilidade comparável às fórmulas convencionais
✨ secagem eficiente
Transparência é autocuidado
Marcas comprometidas com bem-estar deixam claro:
✔️ o que usam e o que excluem
✔️ se são veganas e cruelty-free
✔️ origens, certificações e controle de qualidade
✔️ por que cada ingrediente está ali
Beleza limpa não é tendência — é responsabilidade.
Sua escolha transforma o ritual
Infelizmente não existe esmalte 100% natural no Brasil. Há uma mistura de corantes naturais e sintéticos, por exemplo, para dar cor aos produtos. Porém, na loja online Beleza do Campo, você encontra esmaltes e cuidados para unhas selecionados com rigor e respeito ao corpo:
🌿 livres das principais substâncias alergênicas e tóxicas
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